Lançado making-of de VIRGÍNIA E ADELAIDE

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VIRGÍNIA E ADELAIDE | VÍDEO INÉDITO REVELA PROTAGONISTAS GABRIELA CORREA E SOPHIE CHARLOTTE NO SET DE FILMAGEM
por Hiccaro Rodrigues
Estação Nerd, 18/04/2025

Aproximando-se da data de lançamento, “Virgínia e Adelaide” divulga bastidores de filmagem com as protagonistas Gabriela Correa e Sophie Charlotte. O filme teve direção dupla assinada por Yasmin Thayná, cineasta premiada pela Academia Africana de Cinema, e Jorge Furtado, nome renomado com 40 anos de carreira. Antes da estreia, dia 8 de maio, o longa passa por uma sessão exclusiva para a Sociedade de Psicanálise do Rio de Janeiro. A exibição será realizada no dia 26 de abril, no Cinesystem Botafogo. Anteriormente, a produção também foi exibida para a Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), a Escola de Psicanálise do CEPdePA/Serra e a Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA).

“Virgínia e Adelaide” se constrói em torno do vínculo entre Virgínia Bicudo e Adelaide Koch. Adelaide foi uma psicanalista alemã e judia que se exilou em São Paulo durante o regime nazista. No ano seguinte, em 1937, conheceu Virgínia Bicudo, quem se tornaria sua paciente e, mais tarde, marcaria a história do Brasil, se tornando a primeira psicanalista do país. O filme foi produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre, com coprodução da Globo Filmes e GloboNews, e distribuição da H2O Films.

A pesquisa para a narrativa começou em 2019, quando Jorge Furtado descobriu que a terapia psicanalítica teria sido introduzida no Brasil por uma mulher negra, Virgínia Bicudo. Depois de acessar diversos trabalhos acadêmicos e relatos da própria psicanalista, e tomar conhecimento de sua relação com a médica refugiada Adelaide Koch, Furtado convidou Yasmin Thayná para uma direção conjunta do longa. “Nosso filme é a história de uma mulher brasileira negra que enfrentou o preconceito e se recusou a seguir os padrões impostos a ela pela sociedade. E, por isso, eu teria que fazer esse filme, necessariamente, entendendo como parceira uma diretora, uma mulher negra”, conta o diretor.

O primeiro material de pesquisa ao qual Yasmin Thayná teve acesso foi um trabalho acadêmico de Virgínia Bicudo, publicado nos anos 40, sobre a forma como pessoas negras se percebem. Ainda que pioneira em temas que seguem atuais e relevantes, Virgínia não teve grande reconhecimento por sua contribuição na discussão sobre saúde mental da população negra. “O filme é um gesto de tornar público o que foi segredo.”, comenta Yasmin Thayná sobre o denso trabalho e a própria negritude da personagem central do filme. “Segredo não para Virgínia, porque ela tinha muita consciência - não à toa produziu o que produziu.”, complementa.

A primeira exibição de “Virgínia e Adelaide” foi no Festival do Rio de 2024, edição em que Jorge Furtado foi o cineasta homenageado. Os dois diretores e as protagonistas marcaram presença no evento.