Cenas da minissérie COLIGAY filmadas no Olímpico

SÉRIE “COLIGAY” É GRAVADA NO ESTÁDIO OLÍMPICO
Jocimar Farina
Zero Hora, 09/10/2025 - 12h30min

/ Imagens foram captadas nesta quarta-feira / Tricolor cedeu o espaço para as equipes de filmagens

Uma movimentação atípica chamou a atenção dos vizinhos do estádio Olímpico nesta quarta-feira (8). O pátio do velho Casarão, no bairro Azenha, voltou a ser ocupado.

Com os portões do Largo dos Campeões abertos, veículos foram avistados entrando e saindo do local, juntamente com geradores, banheiros portáteis e estrutura de iluminação. Equipes de limpeza atuaram na região e deram a entender que uma definição sobre o impasse envolvendo o terreno do Grêmio poderia estar se desenhando.

Na verdade, no local estão ocorrendo as gravações da série “Coligay”, produção do Canal Brasil em parceria com a Casa de Cinema de Porto Alegre. O projeto da primeira torcida organizada LGBTQIA+ do Brasil também será lançado como filme em 2026 e é uma coprodução da Ventre Studio e da +Galeria.

Dirigida por Paulo Machline e Rafael Gomes, a trama terá o ator Irandhir Santos (de Renascer) que foi escolhido para viver um dos protagonistas da história, surgida na torcida do Grêmio nos anos 70, em plena ditadura militar.

O Tricolor cedeu o espaço para as equipes de filmagens. As gravações no estádio foram realizadas nos arcos do Largo dos Campeões.

As demais áreas do Olímpico não serão usadas. Segundo a produção das filmagens, gravações da área interna do estádio serão feitas em outra locação, não informada.

Segundo o Grêmio, a série ainda não tem previsão de ir ao ar. Há expectativa que ela seja transmitida no primeiro semestre do ano que vem.

A Coligay

Volmar Santos, à época gerente da boate gay Coliseu, em Porto Alegre, resolveu reunir um grupo de frequentadores e amigos em 1977 e fundar a torcida. A estreia da Coligay foi na partida entre Grêmio e Associação Santa Cruz (combinado entre o FC Santa Cruz e o EC Avenida), realizada em 10 de abril do mesmo ano pelo Gauchão, vencido pelo Tricolor.

Usos distintos

Enquanto o Grêmio não entrega o estádio Olímpico, o imóvel serve também de espaço para treinamento de equipes das forças públicas de segurança. Também já foi usado como garagem para ônibus da Carris e ponto de coleta de itens para pessoas atingidas pela enchente do ano passado.